sexta-feira

Yeda manda “observador de desastres” para os EUA

Postado em RS Urgente


Adão Paiani comenta a seguinte nota publicada hoje na “Página 10″ do jornal Zero Hora:

A nota: Catástrofe

Geólogo e funcionário de carreira da Fepam, o ex-secretário José Alberto Wenzel viaja hoje para New Orleans, nos Estados Unidos. Vai acompanhar o desastre ambiental no Golfo do México como observador do governo gaúcho. Wenzel explica o motivo da viagem:

– Embora o Rio Grande do Sul não tenha poços de petróleo, quero compreender o que está acontecendo no Delta do Mississippi e no sistema lagunar da região e ver que lições podemos tirar dessa catástrofe.

O comentário de Paiani

“Geólogo de carreira”, bem, isso explica muita coisa. Principalmente a sua capacidade, quando dentro do governo, de elaborar as defesas mais absurdas, fazendo até as pedras corarem. A técnica para isso deve ter sido aprendida no curso de formação.

Mas já que é com dinheiro do contribuinte, mais produtivo seria mandar o “Secretário da Transparência”, Francisco Luçardo, ver como são tratados nos EUA os crimes contra a administração pública. No entanto, não deixa de ser uma bela maneira de YRC compensar o seu ex-Chefe da Casa Civil pelos serviços prestados: com um agradável período de férias, pagos do nosso bolso.

Ainda cabe uma pergunta: será que vai para o “Portal da Transparência” do Governo do Estado?

quinta-feira

Capitalismo: Uma História de Amor / Capitalism: A Love Story (2009)


(EUA, 2009, 127 min. - Direção: Michael Moore)


O sonho americano visto como amor dos cidadãos americanos despedaçado pelas mentiras e traições do capitalismo. Milhares e milhares de pessoas perdendo seus empregos e suas casas diariamente. O filme é do grande e polêmico diretor Michael Moore, que tem sido um dos principais dissidentes da mídia estadunidense. Para variar, qualquer filme dele é imperdível.
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Baixar via Torrent:
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Legendas pt-br (alternativa)

segunda-feira

Israel: a lógica por trás da selvageria

Postado em Aldeia Gaulesa






ANTES UM FIM HORRÍVEL QUE UM HORROR SEM FIM?

Tomás Rosa Bueno 

A hipótese mais pessimista confirmou-se, e o impensável aconteceu: uma flotilha de seis barcos levando civis desarmados e ajuda humanitária foi atacado com força letal em águas internacionais por comandos israelenses, resultando na morte de pelo menos dez pessoas – mas há relatos que falam em vinte mortos e três vezes mais feridos.

Os suspeitos de sempre já se espalharam pela mídia, dizendo que isso era de esperar, culpando os mortos pelas mortes e acusando as vítimas de terem atacado comandos israelenses portando armas de guerra com cabos de vassoura e facas de cozinha, forçando os pobres rapazes a abrir fogo a queima-roupa com as suas armas automáticas para se defenderem.

Israel, dizem eles, não podia permitir que os navios da flotilha chegassem a Gaza, furando um bloqueio legítimo de um território habitado por 1,8 milhão de bandidos e terroristas.

Deixando de lado a questão da legitimidade e da legalidade do bloqueio de Gaza pelos israelenses e admitindo, para facilitar a discussão, que as leis internacionais dão-lhes o direito de deter a flotilha pelos meios que se fizessem necessários, por que foi preciso enviarem comandos para tomar de assalto os navios antes do amanhecer, em águas internacionais, em descarada violação dessas mesmas leis internacionais?

Havia outros meios de deter os navios sem correr o risco de matar civis. Poderam, para ficar apenas num exemplo óbvio, esperar que eles chegassem em águas territoriais de Israel, desabilitar os sistemas de comando dos barcos e rebocá-los calmamente para um dos seus portos, acusando a todos os passageiros de entrada ilegal no país e deixando-os guardados por um tempo até esfriarem a cabeça. Ninguém poderia acusá-los de coisa alguma e eles ainda poderiam dar umas boas risadas às custas do fiaco da flotilha.

Em vez disso, preferiram abordar a bala seis barcos com setecentos civis desarmados a bordo, em águas internacionais, juntando a pirataria ao homicídio. Todos sabemos, sobretudo depois que eles foram praticar tiro-ao-alvo com civis de Gaza em 2008, que a noção de relações públicas dos israelenses é meio bizarra, mas isto parece ser demais mesmo para eles: matar palestinos é coisa corriqueira, já estamos acostumados. Matar brancos europeus é inaudito.

O que aconteceu? Será que estão perdendo o controle? Será que a gangue governante deles está decidida a dar razão aos que dizem que são loucos?

Não. Há metodo na loucura deles: estão mandando um recado prà gente. Com a maré da opinião pública mundial voltando-se contra as práticas delinquentes eles, frente à derrota certa da iniciativa conjunta deles com os EUA de imporem mais sanções ilegais ao Irã, vendo o seu arsenal nuclear condenado por unanimidade por 189 países em uma declaração que atéos seus aliados mais próximos foram forçados a assinar e prestes de serem arrastados aos tribunais internacionais pelo que fizeram em Gaza em 2008, os israelenses nos estão dizendo que farão o que for preciso para defender os seus interesses – e que não ligam a mínima para o que o mundo acha deles.

Vão abater a tiros que ficar no caminho deles, vão invadir os vizinhos quando lhes der na telha, vão enviar submarinos com ogivas nuclearres para o litoral iraniano e *vão usá-los* se for preciso. Nada pode detê-los.

Este é recado dos vinte mortos em alto mar: não mexam conosco, podemos tudo.

Está claro que a população israelense, mergulhada em uma barragem de propaganda que os convenceu de que *eles* são as vítimas e que o mundo todo está atrás do couro deles, não vai fazer nada para deter os bandidos que os governam e, ao contrário vão elegê-los de novo até o fim dos tempos. De modo que já está mais que na hora de a comunidade internacional tome uma atitude firme e unida contra as loucuras deles. Se os EUA não assumem as suas responsablidades de pôr um freio nos seus aliados ensandecidos, outros deverão fazer isso por eles.

Urgentemente. Antes que nos arrastem a todos para o Armageddon que parecem desejar tão ardentemente.

Pescado em Blog Nassif

domingo

Velvet Underground - I´m Waiting For The Man

O gênio Alex Raymond

PUBLICADO NA REVISTA "ROUGH STUFF #10"

por Tom Roberts

Raymond, após ter tirado seus óculos de leitura, descansando enquanto escreve um roteiro para Rip Kirby, sorrindo para seu assistente, Ray Burns. Esta foto captura um momento do artista como a maioria dos seus amigos o conhecia: jovial e agradável.


O grande Alex Raymond tem sido uma grande influências nos trabalhos de artistas dos quadrinhos por várias gerações

Sua criação mais conhecida é Flash Gordon, de 1934. Somente isto já seria suficiente para torná-lo um imortal, mas ele também criou e desenhou Agente Secreto X-9, Rip Kirby (Nick Holmes, no Brasil), Jim das Selvas, Tim Tylers's Luck e Tillie The Toiler.

As imagens deste post são apenas uma amostra do maravilhoso novo livro do artista Tom Roberts chamado "Alex Raymond - His Life and Art" (Nota do editor: ainda inédito no Brasil... e com certeza por toda a eternidade. O jeito vai ser encontrar scan desse material e disponibilizar aqui).


ESTUDO PRELIMINAR PARA "DANÇA DO GAFANHOTO"

Esta imagem não tem grandes mudanças a partir do estudo até o desenho finalizado. Obviamente, Raymond sentiu a necessidade de melhorar os contrastes entre os elementos antes de concluir o trabalho em aguada. A composição é muito ao estilo popularizado por Albert Dorne, com o elemento do primeiro plano olhando para o leitor, fazendo com que ele "entre" na cena como se fosse um participante adicional.


ESTUDO PRELIMINAR PARA "TRABALHO PESADO"

Com a linha do horizonte dividindo o desenho ao meio, é interessante notar e estudar o uso da perspectiva por Raymond e o sistema utilizado por ele para estabelecer os diferentes planos onde se encontram o homem e a mulher, que estão de pé.


DESENHANDO PARA A ESQUIRE

Raymond, na tentaviva de preencher a vaga deixada por George Petty na revista Esquire Magazine, tenta imitar com esta pin-up o estilo de Petty. Raymond estava aparentemente desconfortável com a aparência do pé direito parcialmente escondido atrás da perna oposta, e o escondeu sob os lençois no trabalho final.

"SONETO PARA UMA NOIVA"

Este desenho encantador estava emoldurado e exposto na parede do estúdio da casa de Raymond. O original deste desenho está agora nos Arquivos da Divisão de Desenhos e Fotografias da Livraria do Congresso dos EUA. Foi obtido em 2003 e faz parte da coleção de J. Arthur Wood.


"SONHOS"

Este desenho foi publicado apenas uma vez, pela revista Esquire, enquanto Raymond estava vivo. E foi publicado em preto e branco no Livro Anual do Colégio de washington em 1941. Raymond foi convidado a compor a mesa de jurados em um concurso de beleza do colégio naquele ano.


SOLDADOS NA FILA DE RECEBIMENTO

Embora, sem dúvida nenhuma, tenha trabalhado a partir de uma fotografia, o traço solto na imagem acrescenta uma vitalidade à imagem, que poderia ser uma cena estagnada.


A LÍDER DE TORCIDA

Raymond usa todos os truques para adicionar movimento e emoção a esta simples cena: a figura na diagonal, o megafone na perpendicular sobreposto pela figura, o agitar da saia e a oscilação do bracelete. Embora não seja evidente nesta reprodução, a análise do desenho original mostra os estudos do posicionamento da saia, trabalhando para o equilibrio correto de seu comprimento e leveza do tecido.


ORGULHOSA POR SERVIR

Provavelmente trabalhando com uma modelo fotografada, Raymond criou esta ilustração antes de se alistar na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial. Uma versão impressa do poster estava exposta no estúdio da casa do artista.

MECANICOS TRABALHANDO

Esta ilustração apresenta uma composição muito estranha e incoerente, diferindo de outras imagens militares mais trabalhadas. Uma sensação desarticulada em uma imagem pode acontecer quando um artista faz estudos separados e elementos individuais são acrescentados ao conjunto para criar uma cena. Mas não há nada que prove que foi isto que aconteceu neste desenho.

TRAÇANDO O CURSO

Major Blaine H. Baesler, USMC, retratado nesta ilustração, capta as boas lembranças e as amizades de Raymond. É lamentável que essa ilustração impressionante, juntamente com várias outras pinturas que Raymond fez para a Marinha, tenham desdaparecido ao longo do tempo.


ESTUDOS DE PERSONAGENS PARA RIP KIRBY

Tentando criar um elenco de personagens suficientemente interessantes para poder vender a idéia ao Syndicate. Feito espontaneamente, sem qualquer tipo de material de referência, este estudo demonstra a pura habilidade de desenhar de Raymond. Eles capturam com precisão o problema eterno dos artistas em pegar uma idéia pessoal e torná-la uma imagem concreta para benefício de outras pessoas que não conseguem visualizar de forma criativa.


REVISTAS

Após sua temporada na Esquire Magazine nos anos 40, Raymond fez várias tentativas e publicou seus desenhos em revistas masculinas de luxo, cada uma com legendas de duplo sentido. "Você gosta da minha cereja" é o título do artista para esta ilustração. O desenho foi feito ao estilo de Rip Kirby dos anos 50.


PAGAN LEE

As mulheres foram introduzidas como vilãs nas histórias logo após a Segunda Guerra, em filmes, novelas de rádio e tiras de jornais. As 'femme fatale' fizeram várias aparições nos filmes noir de Hollywood, anates e depois da Guerra. Este desenho também foi feito para um portfólio de divulgação do Syndicate em 1947. O traço solto e o movimento do cabelo dá uma maior vitalidade ao desenho impedindo que ele se torne estático.




Os principais jornais dos anos 30, como o Collier's e o Saturday Evening Post, publicaram várias ilustrações em duas cores em suas páginas e Matt Clark (1909-1973) foi um dos artistas ilustradores que contribuiram com seus trabalhos. No final de 1934, Flash Gordon apresentou o crescimento da paixão de Raymond pelo estilo de Clark, e isso continuou nos anos seguintes, quando o desejo de Raymond em se tornar um ilustrador para revistas veio à tona. Seus desenhos foram padronizados ao estilo popular de Clark. O modelo para a ilustração acima foi seu irmão, Paul Dillon, adaptando depois o rosto e o físico para o de Flash Gordon.

sábado

Que Sea Rock

Formato: Avi
Direção: Sebastián Schindel
Gênero: Documentário
Áudio: Espanhol
Legenda: S/LEGENDA
Tamanho: 715 Mb
Duração: 98 Minutos

Download: Pacote dos links (texto)

Um documentário que mostra o lado rock n roll da Argentina desde Hippies, blues, baladas a punk rock com entrevistas e cenas de shows uma ótima idéia de saber o que rola com nossos visinhos.
O longa-metragem foi filmado nos festivais de Sempre Rock (Cosquín), Pepsi Music, em diferentes locações da cidade de Buenos Aires, Rosario, Córdoba, Santa Fé e Montevidéu. Nada menos que Almafuerte, Árvore, Attaque 77, Babasónicos, Bersuit, Andrés Calamaro, Catupecu Machu, Gustavo Cerati, Charly García, Leão Gieco, Intoxicados, Fito Páez, As Pelotas, Os Piolhos, Ratos Paranóicos, Gustavo Santaolalla, A Vela Porca e Pappo –em uma homenagem– são os intérpretes que seja rock. O filme inclui as músicas mais tocadas de todos estas bandas, mas além de ser um grande show de rock é um verdadeiro "passe ao backstage", uma viagem ao mundo privado dos artistas, como compõem, onde e como vivem, como chegaram e com que sonham.

Memória da ditadura: a diferença entre Brasil e Argentina

Postado em diario gauche


Lá, se faz justiça. Aqui, se permite que o Exército deboche da democracia

O Ministério de Educação da província argentina La Pampa estuda tomar medidas severas contra a professora Susana Orn, do município de General Campos, que cometeu o seguinte erro cívico: no ato do Bicentenário da Independência, a 25 de maio, a professora do ensino fundamental incluiu por conta própria o ex-ditador general Leopoldo Galtieri e o ex-presidente Julio Roca, ambos como personagens destacados da pátria, e o segundo ainda como alguém que exterminou os índios de La Pampa, que para ela teve um sentido edificante. A diretora da escola - segundo matéria de capa do diário portenho Página 12, edição de hoje - Ana María Fransante, assegurou que o ministro de Educação, Néstor Torres, "quase desmaiou quando escutou a professora".

Vejam como são as coisas. Enquanto isso no Brasil, o portal web do glorioso Exército brasileiro faz encômios e loas ao golpe de abril de 1964, reinterpretando-o como "Revolução Democrática de 1964" (ver post de ontem, abaixo). E não acontece nada. E o ministro da Defesa, responsável pelas armas militares, Nelson Jobim, faz olho branco. No Congresso não se ouve uma referência sequer à provocação e à desfaçatez dos militares.

Na Argentina, uma professorinha protofascista manifesta sua admiração por dois genocidas, Galtieri (ditador entre 1981/82) e Roca (exterminador de 20 mil índios mapuches, no século 19), e é motivo de justa indignação na imprensa e entre as autoridades federais. No Brasil, o Exército debocha de forma provocativa do próprio governo democrático - a qual deve respeito e disciplina constitucional - e tudo permanece como se nada tivesse acontecido.

Observem como é importante uma ação de governo no sentido de abrir o debate sobre o passado ditatorial. Na Argentina, mesmo os governos liberais, como o de Alfonsin e De La Rua, passando pelo casal Kirchner, houve uma preocupação com o exame acurado dos graves fatos acontecidos durante a repressão militar. Essa decisão - correta e elogiável - ilumina o debate nacional. Hoje, na Argentina, dois ex-ditadores estão presos e são oficialmente considerados torturadores/genocidas, pelo Poder Judiciário, Reynaldo Bignone e Rafael Videla. O oligarca José Alfredo Martinez de Hoz , uma espécie de mescla de Otávio Gouveia de Bulhões/Delfim Netto/Golbery do Couto e Silva, está preso. Ele tem, hoje, 85 anos de idade, e é acusado de genocídio, corrupção passiva e ativa e de atos de traição à pátria por ter alienado bens públicos de forma irregular e temerária.


No Brasil, temos que ouvir o som político das flautas zombeteiras dos quartéis.